PGR denunciou invasão no sistema da Justiça com falso mandado de prisão por Comando Vermelho, sendo condenado a reclusão.
O hacker conhecido como Walter Delgatti, envolvido em atividades ilegais relacionadas à Lava Jato, conseguiu acessar o sistema da Justiça e inserir um falso alvará de soltura. Esse ato poderia potencialmente beneficiar um condenado a mais de 200 anos de prisão, conforme detalhado em uma denúncia feita pela PGR. Além disso, a denúncia também destaca a participação da deputada Federal Carla Zambelli no caso, sendo acusada de envolvimento em invasão no sistema do CNJ.
A atuação irresponsável do ciberatacante expôs graves falhas de segurança no sistema da Justiça, enquanto a conexão com a deputada Carla Zambelli revela indícios de uma possível associação ilícita. A importância de combater os hackers e invasores virtuais é crucial para proteger a integridade e a confiança em instituições sensíveis como o Judiciário.
Ciberatacante hacker Walter Delgatti é denunciado por invasão aos sistemas do CNJ
A denúncia envolvendo o hacker Walter Delgatti, responsável pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelou um cenário complexo onde um falso mandado de prisão foi inserido no sistema. Nesse episódio, um dos pontos centrais foi a participação de Delgatti, que, conforme a acusação, agiu sob o comando de Carla Zambelli.
Durante a invasão, foi constatado que houve a utilização da assinatura de juízes de forma indevida para incluir alvarás de soltura nos sistemas do CNJ. Um dos alvarás elaborados pelo hacker permitia a libertação de Sandro Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, sentenciado a impressionantes 200 anos de reclusão. Esse falso documento foi incluído tanto no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) quanto no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
As implicações da ação do hacker
A ação do hacker envolveu não apenas a inclusão de alvarás de soltura falsos, mas também a requisição de afastamento de sigilo bancário de Alexandre de Moraes. É fundamental ressaltar que essa invasão foi realizada no Sistema de Automação Judiciária (SAJ) nos dias 4 e 5 de janeiro de 2023, sem a devida permissão.
Outro aspecto intrigante dessa invasão foi a inclusão de mensagens provocativas no sistema secundário do CNJ, o GitLab. Delgatti, ao invadir esse sistema, buscou disseminar mensagens com o intuito de desacreditar os programas ali guardados, visando minar a confiança no Judiciário.
Consequências e desdobramentos da ação ciberatacante
A intenção por trás das ações do hacker e de seus comparsas era clara: obter vantagens de natureza midiática e política, gerando desgaste ao sistema de Justiça. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o objetivo final do grupo era prejudicar o funcionamento do Judiciário, semelhante ao que já foi observado em ataques contra as urnas eletrônicas.
Em meio a esse contexto, a PGR solicita a condenação do hacker Walter Delgatti e de seus colaboradores pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, ressaltando a necessidade de reparação dos danos causados. A denúncia completa encontra-se disponível no Processo Pet 11.626, evidenciando a gravidade dessas ações e suas potenciais ramificações no sistema da Justiça.
Fonte: © Migalhas
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